FOI UMA VEZ NO RIO GRANDE


FOI UMA VEZ NO RIO GRANDE

     Cresci em um estado que tinha os melhores índices sociais do país. Aquele que oferecia as melhores condições de vida a sua população. Um lugar onde as pessoas eram consideradas as mais politizadas do Brasil e, também apresentava índices educacionais muito bons.Bem, este lugar, já não existe mais.
     E não é pelas noticias que eu digo isso, é pela simples observação. O tempo passou, eu cresci, comecei a viajar a trabalho ou em férias, entrando assim, em contato com as outras regiões do país. Dessa forma, encontrei cidades mais organizadas e mais limpas das que eu vejo por aqui. Claramente, excluindo as cidades de imigração italiana e alemã, principalmente as localizadas na serra, que também são organizadas e limpas, mas as demais, como a capital e sua região metropolitana, nos dá a impressão que estamos em um lixão.
     A organização, ou melhor, a desorganização dessas cidades só reflete a decadência do nosso estado, outrora tão imponente. Nossa educação desceu a ladeira, também, convenhamos com o pior salário do país, que direção outra seria possível. Além disso, as escolas também estão sucateadas. Reflexo direto de uma educação deficitária é a qualidade da mão-de-obra, que segue o mesmo caminho da ladeira abaixo. Resultado: estagnação econômica e incapacidade de resolver as crises que se acumulam.
     E assim, foi uma vez no Rio Grande, aquele que era grande, mas que hoje vive só na memória, nos livros e nas aulas de História e, aquela virtude toda só ficou no hino.(FCA)


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