AS ÁGUAS DE MARÇO


AS ÁGUAS DE MARÇO

     É sabido que o mês de março na média é muito chuvoso, principalmente da região Sudeste do nosso país.E infelizmente todo ano é a mesma coisa: chuvas fortes e intensas que provocam alagamentos, enxurradas e deslizamentos, provocando destruição e o que é pior, mortes.
     O poder público falha e, muito. Falha ao permitir construções em áreas que não poderia e continua falhando ao permitir que pessoas continuem morando nessas áreas de riscos. Isto está ligado diretamente a falta de planejamento no setor de habitação e na própria formação das cidades, que primeira se dá com a ocupação de terrenos e depois vai se fazer a estrutura, que já é feita a toque de caixa e mal feita. Muitos vão dizer que isso é um problema antigo e, na verdade é. Pois bem, mas a obrigação dos gestores públicos que aí estão é procurar concertar esse erros. Senão não há necessidade de gestores e ficaremos eternamente nas lamentações sobre as tragédias provocadas pelas chuvas que podem ser de alguma forma amenizadas.
     Mas não é só o poder público que falha, também o cidadão. Ah! O cidadão que espalha o lixo pelas ruas, que descarta resto de obras em vias públicas, rios, terrenos baldios, parques e todo tipo de lixo que se possa imaginar. Esse desprezo em não cuidar tem um preço alto além da poluição. Esse lixo todo acaba por não permitir que a água escoe, o que faz ela se acumular, provocando enchentes e invadindo casas e prédios. O asfalto não absorve a água como a terra e o as áreas verdes.
     É certo que tragédias naturais ocorrem, mas muitas podem ser amenizadas, outras tantas impedidas ou no caso do Brasil, piorada pela negligência dos gestores públicos e pela falta de consciência de seus cidadãos. Fica mais difícil exigir do poder público quando o cidadão na faz a sua parte. E assim “são as águas de março fechando o verão, é promessa de vida do teu coração...” ou seria promessa de solução só para uma outra estação...(FCA)
    

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