ATO DE NAVEGAÇÃO

Ato de Navegação

O Ato de Navegação foi uma lei elaborada pela Inglaterra no ano de 1651, sancionada por Oliver Cromwell (líder do governo que derrubou a monarquia em 1649) com o objetivo de terminar com a concorrência do transporte marítimo da Holanda e impulsionar o inglês.

Em uma época de intensas mudanças houve duas grandes revoluções que transformaram a Inglaterra no século XVII que resultaram nas revoluções liberais inglesas. A Revolução Puritana de 1640 a 1648 e a Revolução Gloriosa entre 1688 e 1689.

Quando o rei Carlos I foi decapitado por determinação do parlamento inglês, uma nova ordem politica foi estabelecida sob a liderança revolucionária do líder Oliver Cromwell, um burguês mercantilista, puritano e simpatizante dos protestantes. Ele acreditava fielmente que Deus o instruía nas suas decisões a favor da Inglaterra. Podemos dizer que o Ato de Navegação foi a medida mais significativa de seu governo que durou até 1658.

A Holanda era a maior potência econômica da época, uma vez que decorria a Expansão Colonial Holandesa. Consequentemente, era detentora do poder comercial marítimo mundial e lucrava bastante com isso. A Inglaterra, se sentindo ameaçada pelo poderio da Holanda, tomou medidas para que a concorrência com este país não fosse tão grande a ponto de prejudicá-la.

Com isso a Inglaterra, que se fortalecia cada vez mais pelo comércio internacional e sempre aproveitou os recursos encontrados no Novo Mundo, investiu para melhorar cada vez mais na sua frota marítima para transportar esses produtos bem como no investimento na indústria bélica e comercial.

Essa série de leis decretava que as mercadorias importadas ou exportadas pelos países europeus deveriam ser transportadas pelos próprios para chegarem ao destino, ou se não fossem, deveriam ser levadas por navios ingleses. Assim a Inglaterra era a única potência capaz de desafiar os holandeses, além de monopolizar o deslocamento de produtos.

Alguns anos depois essa lei veio a ser aprimorada, contudo, sempre em benefício da Inglaterra. Foi determinado que os capitães das tripulações de um terço dos navios que transportariam as mercadorias, deveriam também ser originários da Inglaterra.

Em contrapartida os outros países da Europa ficaram revoltados e começaram a contestar porque se viam obrigados a cumprir uma lei que não concordavam, porém deveriam cumpri-la por falta de recursos para superar os ingleses. Afinal, os navios da Inglaterra eram muito melhores e mais potentes do que os seus.

Como a Holanda era o país que poderia bater de frente com a Inglaterra, decidiu declarar guerra que durou dois anos (1652 a 1654), tendo sido muito sangrenta. A Inglaterra levou a vantagem e com essa vitória obteve mais crescimento industrial.

A proeminência inglesa derrubou de uma vez por todas com a supremacia da Holanda e a lei perdurou até ao século XIX. O capital da Inglaterra alcançou um patamar notável que depois de um tempo não precisou mais desse monopólio para continuar sendo uma potência mundial, tanto nos transportes de mercadorias pelo mundo a fora por via naval, como para o seu desenvolvimento industrial e bélico.

Pelo meio dos Atos de Navegação ficou nítido que a Inglaterra enriqueceu muito com essa lei que impulsionou a economia do país apoiada por vieses ideológicos que estiveram em ascensão na Europa durante o século XVII.

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