NEW DEAL: O COMBATE A CRISE
O presidente americano Herbert Hoover acreditava que o comércio, se não supervisionado pelo governo, iria, em algum momento, minimizar os efeitos da recessão econômica. Eventualmente, Hoover acreditava que a economia dos Estados Unidos iria recuperar-se, sem que a intervenção do Governo fosse necessária. Hoover rejeitou diversas leis aprovadas pelo Congresso, alegando que davam ao governo americano poderes demais sobre o mercado.
Hoover também acreditava que os governos dos estados americanos deveriam ajudar os necessitados. Muitos destes estados, porém, não tinham fundos suficientes para tal. Assim sendo, Hoover propôs a criação de um órgão governamental, o ReconstructionFinance Corporation (Corporação de Reconstrução Financeira), ou RFC, em 1932. Este órgão seria responsável por fornecer alguma ajuda financeira a empresas e instituições comerciais e industriais chave, como bancos, ferrovias e grandes empresas, acreditando que a falência destas instituições agravaria o efeito da Grande Depressão. No final de 1932, as eleições presidenciais foram realizadas. Os dois principais candidatos foram Hoover e Franklin Delano Roosevelt. Muitos da população americana acreditavam que Hoover fora o principal causador da recessão, e/ou que pouco fizera para solucionar esta recessão. Roosevelt saiu vencedor da eleição, tornando-se presidente dos Estados Unidos em 4 de março de 1933.
Roosevelt, ao contrário de Hoover, acreditava que o governo americano era o principal responsável para lutar contra os efeitos da Grande Depressão. Em uma sessão legislativa especial, sessão conhecida como HundredDays ("Cem Dias"), Roosevelt, juntamente com o congresso americano, criaram e aprovaram uma série de leis que, por insistência do próprio Roosevelt, foram nomeadas de New Deal ("Novo Acordo"). Estas leis forneceriam ajuda social às famílias e pessoas que necessitassem, forneceriam empregos através de parcerias entre o governo, empresas e os consumidores, e reformou o sistema econômico e governamental americano, de modo a evitar que uma recessão deste gênero ocorresse futuramente.
Diversas agências governamentais foram criadas para administrar os programas de ajuda social. A mais importante delas foi a Federal AgencyReliefAdministration, criada em 1933, que seria responsável pelo fornecimento de fundos aos governos estatais, para que estes empregassem tais fundos em programas de ajuda social. Outros órgãos governamentais similares foram criados com o intuito de fundear, administrar e/ou empregar trabalhadores na área de construção de aeroportos, escolas, hospitais, pontes e represas. Estes projetos federais forneceram milhões de empregos aos necessitados, embora as taxas de desemprego continuassem altas durante toda a década de 1930.
Outros órgãos foram criados com o intuito de administrar programas de recuperação, como a AgriculturalAdjustmentAdministration, criada em 1933 com o intuito de regular a produção de produtos agropecuários em uma dada fazenda. Outro órgão similar, o National Recovery Administration, criada em 1933, passou a fazer cumprir as leis antimonopólio, estabeleceu salários mínimos e limites na carga horária de trabalho. Esta última agência, porém, foi fechada a mando do Congresso, em 1935, por pouco estimular o comércio americano.
Por fim, outros órgãos federais foram criados com o intuito de supervisionar reformas trabalhistas e financeiras. O Federal DepositInsurance Corporation foi criado em 1933 com o intuito de promover transações e o comércio bancário. O Securitiesand Exchange Commission, criado em 1934, regulava o comércio de bolsa de valores e evitava que acionistas comprassem ações que o órgão considerassem "perigosas". O National Labor RelationsBoard foi criado em 1935, com o intuito de regular sindicatos, e de proteger os trabalhadores e seus direitos. Ainda em 1935, um ato do governo americano, o Ato da Segurança Civil passou a fornecer pensões mensais para aposentados, bem como ajuda financeira regular por um certo período de tempo, para pessoas desempregadas.
A economia americana gradualmente, mas lentamente, passou a recuperar-se, desde 1933. O governo americano também diminuiu as tarifas alfandegárias em certos produtos estrangeiros, assim estimulando o comércio doméstico. Ao longo da década de 1930, os Estados Unidos gradualmente abandonaram o uso da Cláusula Ouro, decidindo ao invés disso, fortalecer a moeda nacional, o dólar, o que também ajudou na recuperação da economia americana. A produção de comodidades, tais como automóveis, voltaria aos patamares de 1929, porém, somente após o fim da guerra, como a produção de automóveis, por exemplo 1949 - a maior parte da matéria-prima na época possuía prioridade pela indústria bélica nacional.
Porém, apesar dos programas governamentais criados com o intuito de reduzir o desemprego, cerca de 15% da força de trabalho americana continuava desempregada em 1940. Foi necessária a entrada do país na Segunda Guerra Mundial para que as taxas de desemprego caíssem aos níveis de 1930, de 9%. Apesar da entrada na Segunda Guerra Mundial ter atrasado a recuperação econômica por 7 anos, a venda de armas para os ingleses acelerou a recuperação econômica e a produção industrial americana cresceu drasticamente, e as taxas de desemprego caíram. No final da guerra, apenas 1% da força de trabalho americana estava desempregada. O gasto do governo norte-americano da Segunda Guerra Mundial foi de 4,1 trilhões de dólares em valores correntes de 2011.
Perto do final da guerra, os Estados Unidos e todos os outros 44 países Aliados assinaram o que é conhecido como os Acordos de Bretton Woods, com o intuito de evitar futuramente uma nova crise monetária e econômica da escala da Grande Depressão.
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