CHINA

CHINA

A China é o país mais populoso da Terra: mais de um quinto de toda a população do mundo vive lá. É também o maior país da Ásia. Com capital em Pequim, a China tem uma população de 1.364.038.000 habitantes (estimativa de 2014) e uma superfície de 9.572.900 km2.

A China faz fronteira com Mongólia, Rússia, Coreia do Norte, Vietnã, Laos, Mianmar, Índia, Butão, Nepal, Paquistão, Afeganistão, Tadjiquistão, Quirguistão e Cazaquistão. O mar da China Oriental e o mar da China Meridional situam-se a leste. As cadeias de montanhas do Himalaia e do Karakorum, além dos montes Altai, separam a China de seus vizinhos do Ocidente. O platô Qinghai-Tibete, no sudoeste, é uma região montanhosa e fria. O noroeste é caracterizado por um planalto com grandes bacias desérticas. O leste contém quase todas as planícies da China, por onde correm os maiores rios do país: o Huang Ho, o Yang-Tse e o Pérola.

As florestas cobrem cerca de 15 por cento do território chinês. Entre as muitas árvores, estão o tung, a canforeira, a laca e o anis-estrelado. Ao longo do mar da China Meridional há manguezais, enquanto parte do sul do país possui florestas tropicais.

Os hans, ou chineses étnicos, formam mais de 90 por cento da população. A língua oficial é o mandarim, um tipo de chinês han. A China tem cerca de 55 grupos minoritários. Muitas pessoas seguem as crenças chinesas tradicionais, mas o budismo, o cristianismo, o islamismo e outras religiões também são praticados. Cerca de 38 por cento da população vive nas cidades. Mais de quarenta cidades têm pelo menos 1 milhão de habitantes. O governo tentou controlar o crescimento populacional, estabelecendo o limite de apenas um filho por casal.

O governo comunista chinês possuía, tempos atrás, a maior parte dos negócios e fazendas do país. Antigamente, toda a riqueza gerada pelos trabalhadores chineses era apropriada pelo governo e, então, redistribuída igualmente. Atualmente, apesar de o governo ainda ser forte, os cidadãos têm permissão para ter o próprio negócio. Como resultado, a economia vem crescendo firmemente.

As atividades econômicas mais importantes são a mineração e a indústria. As minas produzem zinco, chumbo, cobre, minério de ferro, carvão e outros minerais. As fábricas fazem cimento, aço, ferro, papel, produtos químicos, tecidos, produtos eletrônicos, eletrodomésticos e carros. Atividades no setor de serviços, como as financeiras e as da área da saúde, estão se tornando cada vez mais importantes.

A agricultura é uma parte menor da economia, mas é a que ocupa o maior número de trabalhadores. A China é o maior produtor de arroz do mundo. Outras culturas importantes no país são: milho, trigo, soja, amendoim, frutas, verduras, tabaco, algodão, porcos e frangos.

Nas últimas décadas, a China tem sofrido uma grave deterioração do meio ambiente em favor de seu rápido desenvolvimento econômico. Os rios e o ar da China estão entre os mais poluídos do mundo. O governo vem se empenhando em melhorar tal situação. A China é um dos principais países investidores em energias renováveis, como a eólica (do vento) e a solar.

Há pelo menos 400 mil anos já havia seres humanos habitando o que hoje é a China. Por muito tempo, eles viveram como nômades, ou seja, vagando constantemente, sem se fixar. Mas, por volta de 2000 a.C., as pessoas começaram a viver em grupos agrícolas de moradia fixa. Finalmente, esses grupos formaram comunidades e então dinastias, ou famílias reais, para governar as comunidades.

A primeira dinastia sobre a qual existem registros escritos é a dos Shang. Ela governou parte da China no século XVIII a.C. Os Shang criaram ferramentas de bronze e deixaram documentos escritos. Seus vizinhos, os Zhu, conquistaram o território dos Shang por volta de 1050 a.C. A dinastia Zhu governou um conjunto impreciso de povos. Os líderes de um deles (o povo Qin) unificaram a China em 221 a.C. e começaram a construir a Muralha da China.

De 202 a.C. a 1279 d.C., as dinastias Han, Sui, Tang e Song governaram a China. Durante esse tempo, os chineses fizeram avanços nas ciências, na literatura e nas artes. A China também expandiu seu território.

No começo do século XIII, os mongóis da Ásia central, liderados por Gêngis Khan, começaram a conquistar partes da China. Em 1279 eles já dominavam todo o território chinês, e constituíram a dinastia Yuan. A dinastia Ming derrubou o governo mongol em 1368. Outro grupo, os manchus, conquistou o país em 1644, instalando a dinastia Qing, que governou até 1912. Foi essa a última dinastia chinesa.

Enquanto isso, começavam os conflitos com o Ocidente, com a Primeira Guerra do Ópio (1839-1842). Os britânicos dirigiam um lucrativo comércio de ópio (um tipo de droga extraído da papoula) na China. Muitos cidadãos chineses ficaram viciados nessa substância e, por isso, a China tentou deter esse comércio. Contudo, os britânicos ganharam a guerra, além de outras batalhas que se seguiram. No fim do século XIX, a China também teve conflitos e guerras com a França, a Rússia e o Japão.

Muitos chineses não apreciavam o crescente grupo de estrangeiros no país. Outros estavam também zangados com a pobreza existente no campo. Pessoas de todo o país começaram a se rebelar. Na Guerra dos Boxers, em 1900, bandos de chineses atacaram e mataram pelo menos 250 estrangeiros. Depois que forças europeias, russas, americanas e japonesas sufocaram a rebelião, essas potências estrangeiras ganharam ainda mais controle sobre a China.

Vários grupos chineses continuaram a lutar por mudanças no fraco governo da dinastia Qing. Finalmente, eles tiveram êxito, com uma revolução que começou em 1911. O último imperador Qing afastou-se em 1912. Sun Yat-sen e seu Kuomintang (Partido Nacionalista) declararam a China uma república. Por vários anos, todavia, diferentes líderes lutaram para controlar o país.

Em 1928, os nacionalistas, grupo liderado por Chiang Kai-shek, assumiram o controle da China. Durante as invasões japonesas na década de 1930 e na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), no entanto, o Partido Comunista Chinês se fortaleceu. Logo eclodiu uma guerra civil entre nacionalistas e comunistas, liderados por Mao Tsé-tung. Em 1949, os comunistas derrotaram os nacionalistas, que fugiram para a ilha de Taiwan.

Os comunistas deram um novo nome ao país: República Popular da China. Eles estabeleceram um governo comunista, com Mao Tsé-Tung como líder. Em 1958, Mao começou um programa, chamado Grande Salto Adiante, para modernizar a economia chinesa. Porém o plano fracassou, e milhares de pessoas morreram de fome. Em 1966, Mao começou a Revolução Cultural. Seu objetivo era fortalecer a crença do povo no comunismo, mas, em vez disso, ela levou à expansão da desordem e da violência. Muitos jovens criticavam e, em alguns casos, atacavam quem quer que não compartilhasse suas ideias sobre o significado dos ensinamentos de Mao. As desordens continuaram até a morte de Mao, em 1976.

Os líderes que se seguiram a Mao fizeram esforços para restaurar a ordem na economia. Eles mantiveram sua crença no comunismo, mas começaram a instituir algumas reformas. Entre elas, permitiram a abertura de negócios particulares e mais liberdade de expressão. A China tentou também melhorar as relações com outros países, e um sinal de seu êxito veio em 2001. Naquele ano, o Comitê Olímpico Internacional escolheu Pequim para sediar os Jogos Olímpicos de Verão de 2008, que foram um grande espetáculo produzido pela pujante economia chinesa.

 

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