CHILE

CHILE

A República do Chile se estende por cerca de 4.350 quilômetros no litoral oeste da América do Sul. Embora longo, o território tem uma largura média de apenas 180 quilômetros. Sua capital e maior cidade é Santiago. O Chile tem 18.388.000 habitantes (estimativa de 2017) e área de 756.096 km2.

O oceano Pacífico forma a fronteira ocidental do Chile. Peru, Bolívia e Argentina ficam ao norte e ao leste. O Chile reivindica um pedaço da Antártica. Ele também controla várias ilhas no Pacífico sul, entre elas a ilha de Páscoa.

A cordilheira dos Andes situa-se no leste. Cadeias de montanhas menores ficam no oeste. Entre os dois sistemas de montanhas há planícies. As montanhas e as planícies se estendem de norte a sul ao longo de quase todo o país. A parte norte do Chile é um deserto, o Atacama, com temperaturas moderadas. O centro do país tem verões quentes e secos e invernos frios e úmidos. O sul do Chile é frio e úmido. Cactos e arbustos espinhosos crescem na costa norte. Árvores de madeira dura, arbustos, cactos e pastos verdes desenvolvem-se no centro do Chile, embora a agricultura tenha substituído muitas das plantas nativas. Densas florestas de faias, coníferas e pinheiros cobrem o sul.

Os chilenos são, na maioria, mestiços, com raízes espanholas e indígenas. Há grupos menores de brancos e índios araucanos. A maioria da população fala espanhol e é católica. A maior parte das pessoas vive nas cidades da região central do país.

A economia do Chile depende de seus recursos naturais. O país tem reservas de petróleo, gás natural e carvão. Além disso, é o maior produtor de cobre do mundo. As minas também fornecem minério de ferro, zinco, prata e ouro. Suas águas são piscosas (ricas em peixes), garantindo a forte indústria da pesca. Os agricultores chilenos cultivam trigo, uvas, maçãs, hortaliças e outras culturas.

Os serviços, o comércio e a indústria também são importantes. O país fabrica e vende produtos alimentícios, produtos químicos e papel.

Antes da chegada dos espanhóis, em 1536, pelo menos 500 mil índios viviam onde agora fica o Chile. Os índios araucanos lutaram contra os colonizadores durante cerca de 350 anos. Enquanto isso, os espanhóis estabeleceram imensas propriedades rurais. Uma pequena classe de pessoas controlava a maior parte da terra, a riqueza e a vida política do país.

No início do século XIX, o Chile começou a lutar contra a Espanha por independência e a derrotou em 1817, tornando-se independente em 1818. A Constituição de 1833 criou um governo forte. Os ricos proprietários de terra chilenos continuaram a dominar a política.

No começo do século XX, muitos chilenos pediam mudanças no governo e na sociedade. Uma nova Constituição, em 1925, deu ao Chile eleições democráticas e programas sociais. Após um início vacilante, o governo do país permaneceu estável até a década de 1970.

Em 1973, os militares depuseram o presidente Salvador Allende. O general Augusto Pinochet tomou o poder, implantando um regime ditatorial. Seu governo prendeu, torturou e matou muita gente que se opunha a ele, gerando uma onda de refugiados. Em 1988, Pinochet permitiu a realização de um plebiscito (decisão submetida ao voto popular) para que o povo votasse se queria ou não que ele permanecesse na presidência. O general foi rejeitado por uma pequena maioria. Em 1989, o Chile retornou ao governo civil (não militar).

Em 2005, Michelle Bachelet foi eleita a primeira mulher presidente do Chile. Em 2013, ela foi eleita novamente para um segundo mandato. Em fevereiro de 2010, no final de seu primeiro mandato, Bachelet enfrentou uma grande crise quando um terremoto de magnitude 8.8 atingiu o centro-sul do Chile.

No mês de agosto desse mesmo ano, uma mina no norte do país desabou, soterrando 33 mineiros (32 chilenos e um boliviano). Após 17 dias sem obter sinais de vida, a equipe de resgate descobriu que os mineiros ainda estavam vivos ao encontrar uma nota presa em uma das sondas usadas para a perfuração. A nota, em espanhol, dizia: “Estamos bien en el refúgio los 33.” (“Estamos bem no refúgio os 33.”). Em 13 de outubro, o país comemorou quando os mineiros, soterrados por quase 70 dias a mais de 600 metros de profundidade, foram trazidos à superfície um por um, em uma cápsula especial.

 

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