O
TEMPO E O VENTO (Jayme Monjardim, 2013)
Rio
Grande do Sul, final do século XIX. As família Amaral e Terra-Cambará são
inimigas históricas na cidade de Santa Fé. Quando o sobrado dos Terra-Cambará é
cercado pelos Amaral, todos os integrantes da família são obrigados a defender
o local com as armas que têm à disposição. Esta vigília dura vários dias, o que
faz com que logo a comida escasseie. Entre eles está Bibiana (Fernanda
Montenegro), matriarca da família que recebe a visita de seu falecido esposo, o
capitão Rodrigo (Thiago Lacerda). Juntos eles relembram a história não apenas
de seu amor, mas de como nasceu a própria família Terra-Cambará.
Adaptar
para o cinema um livro do porte de “O Continente” não é tarefa fácil. A começar
pela enorme variedade de personagens, já que a história acompanha as várias
gerações de uma mesma família ao longo de 150 anos – neste aspecto lembra outro
clássico da literatura latino-americana, “Cem Anos de Solidão”. Se para o livro
esta riqueza de personagens traz um frescor constante, com a renovação de
histórias e a sensação de continuidade na genealogia dos Terra-Cambará, para o
filme ela é um problema. Não pelos personagens em si, mas pela sensação
episódica existente ao longo de todo o filme. Quando se começa a acostumar com
os personagens e a trama que os cerca, ela chega ao fim para que um novo núcleo
seja formado. Com isso, O Tempo e o Vento transmite a sensação de ser uma
grande minissérie unificada para o cinema, algo ampliado pelo excessivo uso dos
fade in/out na edição do longa-metrage
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