Fidel Castro
Revolucionário e Presidente cubano
Fidel Castro (1926-2016) foi um revolucionário cubano, presidente do
Conselho de Estado e do Conselho de Ministros, chefe das forças armadas e
secretário geral do Partido Comunista de Cuba. À frente de um grupo de
guerrilheiros, fez com que surgisse em Cuba o primeiro estado socialista do
hemisfério ocidental.
Fidel Castro Governou Cuba durante 49 anos. No dia 24 de fevereiro de
2008, doente, passou as funções de Comandante Supremo das Forças Armadas, de
Secretário-geral do Partido Comunista e de Presidente do Conselho de Estado, ao
seu irmão Raul Castro.
Fidel Alexandro Castro Ruz nasceu em Birán, um pequeno povoado na
província de Holguín, em Cuba, no dia 13 de agosto de 1926. Era filho de Ângelo
Castro Argiz e Lina Ruiz Gonzáliz, imigrantes espanhóis, proprietários rurais e
usineiros.
Fidel Castro estudou em escolas católicas em Santiago de Cuba e em
Havana. Em 1944 recebeu o prêmio de melhor atleta estudantil.
Em 1945 ingressou no curso de Direito da Universidade de Havana. Foi
dirigente da Federação de Estudantes Universitários. Depois de formado defendeu
gratuitamente camponeses, operários e prisioneiros políticos.
Fidel Castro participou de uma tentativa frustrada de derrubar o ditador dominicano Rafael Leónidas Trujillo e tomou parte, na capital colombiana, do motim popular de 1948.
Em 1947 entrou para o Partido do Povo Cubano. Foi candidato a deputado
para a eleição programada para 1952, mas foi surpreendido pelo golpe militar de
Fulgêncio Batista contra o governo de Carlo Pio.
No dia 26 de julho de 1953, comandou um grupo de jovens e tentam atacar o Quartel de Moncada, em Santiago, mas a operação fracassa.
Submetido a um processo especial, Fidel assume sua defesa, mas nesse
mesmo ano, junto com seu irmão Raul, é preso e condenado a 15 anos de prisão.
Anistiado em 1955, os dois irmãos se exilam no México e junto com o
argentino Ernesto Che Ghevara criam o Movimento Revolucionário 26 de julho e
planejam um novo golpe contra o governo de Fulgêncio Batista.
Viajam para os Estados Unidos em busca de apoio dos emigrados cubanos. Em novembro de 1956, chefiando um grupo de revolucionários armados, a bordo do iate Granma, Fidel e seus companheiros dirigem-se para a parte oriental de Cuba.
No dia 2 de dezembro de 1956 chegam à ilha de Cuba e desembarcam na
praia de Las Coloradas refugiando-se nas montanhas de Sierra Maestra.
Foram dois anos de combates. No dia 1 de janeiro de 1959, Fulgêncio Batista foge para a República Dominicana e, no dia 2 de janeiro, Fidel Castro entra em Santiago de Cuba, transformando-a em capital provisória do país.
No dia 4, Fidel Castro instala um governo provisório e, no dia 8,
entra em Havana. Nomeia presidente o ex-magistrado Manuel Urrutia e assume a
direção do país como chefe das forças armadas e, a partir de fevereiro torna-se
também o primeiro-ministro.
No início, sem clara definição ideológica, o governo de Fidel Castro recebe ajuda de setores políticos norte-americanos.
Aos poucos, novas medidas vão surgindo. Fidel institui a pena de morte
para os defensores do antigo regime e inicia uma política de expropriações e
prisões.
Fidel promove as reformas agrária e urbana, o que provocou o êxodo de
uma parte considerável da população para Miami.
À medida que Fidel tomava o rumo socialista, os Estados Unidos decretam bloqueio comercial e, em 1961 depois de uma desastrosa invasão a Cuba, na Baía dos Porcos, rompem as relações diplomáticas com Cuba.
Depois disso, Fidel Castro proclamou-se comunista, declarou Cuba estado socialista e se colocou sob a proteção soviética.
O Partido Comunista Cubano conseguiu algum sucesso nas áreas de
educação, esporte, saúde e pesquisa científica, mas por outro lado, estatizou
todas as empresas.
Fidel fechou os meios de comunicação que faziam oposição a seu
governo, vários dissidentes foram presos e seus opositores foram mortos.
Milhares de pessoas deixaram o país, por não aceitar o radicalismo e a violação
dos direitos humanos.
Em 1962, A União Soviética instalou mísseis nucleares em Cuba que só foram retirados depois da promessa americana de não mais invadir Cuba.
A União Soviética e Fidel ajudaram ainda os movimentos revolucionários
da América Latina e os governos marxistas da Angola e da Etiópia, na África,
para onde Fidel enviou milhares de soldados.
Em dezembro de 1975 promulgou-se em Cuba uma nova constituição, pela
qual Fidel Castro passou a ser presidente do Conselho de Estado e do Conselho
de Ministros, sem abandonar os cargos anteriores.
O regime cubano dependeu economicamente da União Soviética, mas com o
fim do socialismo naquele país em 1991, o apoio financeiro à ilha foi suspenso
e Cuba iniciou um caminho de sérias dificuldades.
A situação de Cuba foi ainda mais agravada pelo bloqueio comercial
patrocinado pelos Estados Unidos. A falta de inúmeros produtos de consumo e o
racionamento de alimentos fez Cuba parar no tempo.
Com uma grave doença no intestino e a saúde fragilizada, no dia 19 de
fevereiro de 2008, o jornal do Partido Comunista, O Grama, anunciou que Fidel
Castro renunciaria ao cargo de presidente, do Conselho de Estado e do Conselho
de Ministros.
No dia 24 do mesmo mês os cargos são passados para seu irmão Raul
Castro. Em abril de 2011, Fidel Castro renunciou a chefia do Partido Comunista
Cubano.
De seu primeiro casamento, realizado em 1948, com Milá Diaz-Balart nasceu seu primeiro filho, Fidel (1949-2018).
Em 1949, de sua relação com Naly Revuelta nasceu Alina
Fernández-Revuelta (1956), que viveu exilada nos Estados Unidos.
Em 1955, divorciado de Milá, casou-se com Dalia Soto del Valle, com
que teve cinco filhos: Alexis (1962), Alexandre (1963), Antonio (1964),
Alejandro (1971) e Angel (1974).
Fidel Castro faleceu em Santiago de Cuba, em Cuba, no dia 25 de
novembro de 2016.
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