SGT PEPPER’S LONELY HEARTS CLUB
BAND
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club
Band é o oitavo álbum de estúdio da banda britânica de rock The Beatles.
Lançado a 26 de maio de 1967 no Reino Unido e a 2 de junho nos Estados
Unidos, tornou-se imediatamente um enorme sucesso comercial e crítico,
permanecendo durante 27 semanas no topo das tabelas de álbuns do Reino Unido e
15 semanas na primeira posição nos Estados Unidos. Na altura em que foi lançado,
o álbum foi aclamado pela vasta maioria dos críticos pela sua inovação na
produção musical, escrita e design gráfico, e por criar uma ponte que divide a
musica popular e a arte legitima, bem como dar uma representação musical da
geração do seu tempo e a contra-cultura contemporânea. A revista Time o
considerou "uma evolução histórica no progresso da música" e a New
Statesman elogiou a sua elevação da música pop ao nível de arte. O trabalho
conquistou quatro Prêmios Grammy em 1968, incluindo a categoria Álbum do Ano, o
primeiro LP de rock a receber tal honra.
Em agosto de 1966, os Beatles
retiraram-se permanentemente das turnês e começaram um período de férias que
durou três meses. Em novembro, durante um voo de regresso para Londres, Paul
McCartney teve uma ideia para uma canção envolvendo uma banda militar da era
Eduardiana, a qual eventualmente formaria o ímpeto para o conceito de Sgt.
Pepper. As sessões de gravação do sucessor de Revolver começaram em 24 de
novembro no Abbey Road Studio Two, com duas composições tematicamente ligadas à
infância dos membros da banda: "Strawberry Fields Forever" e
"Penny Lane". No entanto, depois de serem pressionados pela EMI, as
canções foram lançadas como um single de dupla face, e assim, não foram
incluídas no trabalho final.
Em fevereiro de 1967, depois de
gravarem a canção "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", McCartney
sugeriu que os Beatles lançassem um LP inteiro que representasse um espectáculo
feito pela banda fictícia Sgt. Pepper. Este grupo alter ego acabou por lhes dar
liberdade para fazerem experiências musicais. Durante as gravações, a banda
esforçou-se para melhorar a qualidade da produção em comparação com os seus
lançamentos anteriores. Sabendo que não iriam tocar as canções ao vivo,
adotaram uma abordagem experimental para composição, escrevendo canções como
"With a Little Help from My Friends", "Lucy in the Sky with
Diamonds" e "A Day in the Life". As técnicas inovadoras de
gravação implementadas pelo engenheiro de som Geoff Emerick e pelo produtor
George Martin incluíam a aplicação liberal da modelagem de som com
processamento de sinal e o uso de uma orquestra de quarenta integrantes a tocar
crescendos aleatórios. As gravações terminaram em 21 de abril de 1967. A capa,
que mostra a banda em pose em frente a uma plateia de celebridades e de figuras
históricas, foi criada pelos artistas britânicos Peter Blake e Jann Haworth,
baseada num esboço de McCartney.
Sgt. Pepper é considerado pelos
musicólogos como um álbum conceitual, que desenvolveu o uso da forma usual na
música popular enquanto continuava a maturação artística vista nos álbuns
anteriores dos Beatles. Desde então, tem sido descrito como um dos primeiros
LPs de art rock, auxiliando o desenvolvimento do rock progressivo, e creditado
como marco inicial da ‘Era do Álbum’. Além de importante trabalho da psicodelia
britânica, o disco de multigêneros incorpora diversas influências estilísticas,
incluindo vaudeville, circense, music hall, avant-garde, e música clássica
ocidental e indiana. Em 2003, a Biblioteca do Congresso Americana inseriu Sgt.
Pepper no Registo Nacional de Gravações, honrando o trabalho como
"culturalmente, historicamente, ou esteticamente significante".[3] No
mesmo ano, a revista Rolling Stone colocou-o em primeiro lugar na lista dos
"500 Melhores Álbuns de Sempre" com a justificação de que é "uma
aventura inultrapassável em conceito, som, composição, arte da capa e
tecnologia de estúdio pelo melhor grupo de todos os tempos de rock and
roll."[4] Em 2014, já tinham sido vendidas mais de 30 milhões de cópias
mundialmente, fazendo de Sgt. Pepper um dos álbuns mais vendidos da história da
música. O Prof. Kevin J Dettmar, ao escrever para a Enciclopédia Oxford de
Literatura Britânica, descreveu-o como "o mais importante e influente álbum
de rock and roll alguma vez gravado".
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