República de Weimar
Com o fim da Primeira Guerra
Mundial, a Alemanha, que havia sofrido uma derrota humilhante, teve de aceitar
os termos do Tratado de Versalhes, assinado em 1919, cujas resoluções impingiam
ao país uma série de medidas que provocavam ainda mais privações e humilhações.
Entre tais medidas, estava o pagamento de vultosas indenizações aos países
vencedores da guerra e a perda de territórios para esses mesmos países.
Foi no ano de 1919 que também se
constituiu na Alemanha a chamada República de Weimar, um sistema de governo bem
diferente do Império Alemão pré-guerra e que pretendia resolver, dentro do
possível, os graves problemas que o país enfrentava na fase do pós-guerra. O
objetivo mais urgente era reorganizar as estruturas política e econômica da
Alemanha, e a opção pelo modelo republicano pareceu, àqueles que se envolveram
no processo, a melhor.
A cidade de Weimar recebeu uma
assembleia constituinte aos seis dias do mês de fevereiro de 1919 para a
elaboração de uma nova Carta Constitucional para o país. Venceu o projeto
constitucional republicano parlamentarista, isto é, a Alemanha passou a ter
duas casas legislativas no comando central: o Reichstag (o Parlamento) e o
Reichsrat (a Assembleia). O Chanceler seria o cargo do administrador principal,
o chefe executivo. Entretanto, o cargo de Chanceler seria preterido em prol do
cargo de Presidente e comissário do povo. O responsável por essa alteração foi
o primeiro Chanceler eleito, Friedrich Ebert.
Ao mesmo tempo em que a República
de Weimar estruturava-se, havia outras tendências políticas, em especial as de
teor radical, formando-se na Alemanha. No radicalismo de esquerda,
encontrava-se o espartaquismo, ou “Movimento Espartaquista” – nome que alude à
figura de Espartacus, o escravo gladiador que organizou uma revolta durante o
Império Romano –, tendo como um de seus líderes a marxista Rosa Luxemburgo.
Esse movimento, que se orientava pelas estratégias comunistas de tomada do
poder, chegou a organizar uma “Revolução Alemã”, entre 1918 e 1919, sendo
prontamente sufocada pelas forças republicanas. Outro movimento que passaria ao
radicalismo e teria grande penetração popular seria o nazismo, organizado em
torno do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães e liderado por
Adolf Hitler – que viria a recuperar o cargo de chanceler na época do governo
de Hindenburg.
Até 1924, a Alemanha oscilou
entre enormes bolhas inflacionárias na economia, ondas de desempregos,
insatisfação popular e falta de credibilidade nos líderes e comandantes
políticos. Em 1925, foi eleito para o cargo de Presidente um ex-herói de
guerra, o marechal Paul von Hindenberg, que conseguiu, sem muita
expressividade, recuperar um pouco a economia do país. Entretanto, a Crise de
1929, após a Quebra da Bolsa de Nova York, provocou uma nova onda de recessão e
uma nova crise social, que foi muito bem aproveitada pelo radicalismo nazista.
Os nazistas passaram a conseguir
mais simpatia popular e cada vez mais assentos na Assembleia e no Parlamento.
Pressionado pela força política que os nazistas ganhavam, Hindenburg nomeou
Hitler chanceler. Em 1933, com a morte do marechal, o líder nazista concentrou
em si todos os poderes da república e fundou o III Reich, que só terminaria em
1945.
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/republica-weimar.htm
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