A GUERRA GUARANITICA
A Guerra Guaranítica (1753-1756)
ou Guerra dos Sete Povos foi o conflito armado envolvendo as tribos Guarani das
missōes jesuíticas contra as tropas espanholas e portuguesas, como consequência
do Tratado de Madrid (1750) que definiu uma linha de demarcação entre o
território colonial espanhol e português na América do Sul.
O limite estabelecido entre as
duas nações era demarcada pelo rio Uruguai, com Portugal possuindo o território
a leste do rio e a Espanha a oeste. Isso fez com que as sete missões jesuítas a
leste do rio Uruguai, conhecidas como Missões Orientais, deveriam ser
desmanteladas e deslocadas para o lado oeste espanhol do rio. Essas missões:
São Miguel, Santo Ângelo, São Lourenço Mártir, São Nicolas, São João Batista,
São Luiz Gonzaga e São Francisco de Borja foram algumas das mais populosas da
América do Sul com 26 362 habitantes, de acordo com um recenseamento dos
jesuítas e muitos mais nas áreas circundantes.
Em 1754, os jesuítas entregaram o
controle das missões, entretanto os guaranis, liderados por Sepé Tiaraju,
recusaram-se a cumprir a ordem de mudança. A princípio os esforços feitos pelo exército
espanhol para remover vigorosamente os guarani das missões falharam, estendendo
o conflito na região da La Plata. Em 10 de fevereiro de 1756, uma força
combinada de 3 mil soldados espanhóis e portugueses lutaram contra os guaranis
na Batalha de Caiboaté. O conflito resultou na morte de 1 511 guaranis,
enquanto os europeus sofreram apenas 4 mortes. Na sequência da batalha, o
exército conjunto espanhol-português ocupou as sete missões.
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