SURGIMENTO DA IMPRENSA
A Imprensa é a junção das
ferramentas e veículos de comunicação que são responsáveis pelo exercício do
Jornalismo. A origem do termo vem da “prensa móvel”, um processo gráfico que
foi pesquisado e inaugurado por Johannes Guttenberg em 1440 e séculos depois,
no início do século XVIII foi adaptado para fabricar jornais. Os jornais foram
o primeiro recurso, para uma função social que evoluiu ainda mais
posteriormente através do surgimento do rádio, da televisão, e da internet.
O autor Bira Câmara ressalta a
importância do surgimento da imprensa para a sociedade. Segundo ele: “Principal
veículo para a difusão das idéias durante os últimos quinhentos anos, a mídia
impressa interpenetra todas as esferas de atividade humana. Nenhum evento
político, constitucional, eclesiástico e econômico, nem os movimentos sociais,
filosóficos e literários podem ser compreendidos sem levar em conta a
influência da imprensa sobre eles. O comércio de obras impressas teve
importante participação no desenvolvimento econômico de todos os ramos da
indústria e do comércio”.
Bira Câmara também relata que
“antes de Gutemberg os livros eram impressos por matrizes de blocos de madeira
gravados, um processo dispendioso e demorado. Gutemberg teve a idéia de
utilizar tipos móveis fabricados de uma liga de chumbo e antimônio. Desde o
primeiro livro impresso por esse processo, em 1455, até o final do século XV, o
invento espalhou-se pela Europa civilizada, multiplicando-se as edições,
sobretudo de livros religiosos e autores clássicos. Só em Veneza havia mais de
200 tipografias, entre outras a famosa Aldina, cujas impressões de qualidade
notável abrangeram em poucos anos quase todos os autores gregos, além dos
latinos e hebraicos”.
No artigo intitulado “O primeiro
século da imprensa” Câmara descreve ainda que “Em 1450, Gutemberg contraiu um
empréstimo com João Fust para dedicar-se a uma obra de fôlego: a produção de
uma bíblia – a Bíblia de 42 linhas. Mas ao terminar o terceiro fólio da obra
ele estava quebrado; para estampá-la, com mais de seiscentas folhas, além do
metal, tinta, pergaminho e papel, foram necessários seis prelos e a ajuda do
gravador e calígrafo Pedro Schoeffer. Antes de terminá-la, esgotados os seus
recursos e possibilidades, Gutemberg teve de entregar a imprensa com todos os
seus petrechos ao prestamista, incluindo os cadernos prontos da Bíblia e os
materiais adquiridos para concluí-la. A obra veio a lume em 1456, logo depois
que João Fust tomou posse da oficina de Gutemberg. Este in-fólio de 641 folhas,
em dois volumes, é o primeiro ‘fruto perfeito da tipografia’. Não traz data,
procedência nem nome do impressor, mas ficou conhecida para sempre como a
Bíblia de Gutemberg”.
A imprensa como é conhecida hoje,
é resultado de um processo milenar precedido pela evolução da escrita e pelas
formas rústicas de se reproduzir informações. Há relatos de que um século antes
da criação da prensa móvel, já havia um processo de prensar selos cilíndricos
em um material composto de cera e argila. E apesar da revolução de tempo e
espaço causada pela internet, da globalização, de um contexto onde a notícia é
captada e transmitida ao vivo, e novos maquinários de captação e transmissão de
imagens estão em constante aprimoramento, o termo imprensa permanece, em
referencial a esta origem.
https://www.infoescola.com/comunicacao/surgimento-da-imprensa/
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