DÁDIVA DO NILO: VEJA 6 CURIOSIDADES SOBRE O EGITO
ANTIGO
Os antigos já diziam: se não fosse o rio que corta
e dá vida ao deserto, a história do Egito teria virado pó. Ao longo de seus 6,4
quilômetros de terras férteis, floresceu uma civilização poderosa e fascinante.
O historiador grego Heródoto (que viveu no século 5
a.C.) já dizia que o Egito é uma dádiva do rio Nilo, um longo e estreito oásis
no deserto. Em tempos ancestrais, a região onde se formou o delta do Nilo, no
nordeste da África, ficava debaixo do mar.
Com o tempo, o mar foi baixando e deixando um solo
fértil em seu lugar. Ali, no chamado Baixo Nilo (que logo seria conhecido
também como Baixo Egito), começou a ocupação humana na região.
As cheias ao longo de seus 6,4 quilômetros (as
maiores do planeta) enriquecem o solo com minerais e sedimentos. Graças a esse
fenômeno, cidades floresceram nas margens do rio em direção ao sul, dando
origem ao Alto Egito (faixa com 900 quilômetros de extensão a partir de
Mênfis).
1. A produção
Os povos que lá se estabeleceram cultivavam
cereais, como trigo e cevada. Além da produção do linho, a agricultura
tornou-se a base econômica da nação que se formava. Plantavam também cebola,
alho-porró, alho, alface, melancia, pepino, melão, grão-de-bico, lentilha,
maçã, romã, azeitona, abacate e tâmara. No Baixo Egito, mais fértil e rico,
também se praticava a caça e a pesca.
2. Deuses
Esses povos eram pacíficos e muito religiosos. Criaram
uma infinidade de deuses – eram tantos que alguns tinham “jurisdição” em apenas
uma cidade, povoado ou vilarejo.
Adoravam também muitos animais, como o chacal (por
sua esperteza noturna), o carneiro (símbolo da reprodução), o jacaré (pela
agilidade na água), a serpente (poder de ataque), a águia (capacidade de voar)
e o escaravelho (ligado à ressurreição).
Mas o mais sagrado de todos era o gato, talvez por
proteger os estoques de alimentos dos ratos e as pessoas das cobras venenosas,
pragas que infestavam a região.
Desde 2000 a.C., quando foram domesticados, toda
família tinha um gato de estimação. Desde muito cedo desenvolveram sofisticadas
técnicas de mumificação, acreditando que os corpos dos mortos teriam alguma
utilidade na outra vida.
3. Primeiro faraó
Menes unificou o Egito e tornou-se o primeiro
faraó. Os estudiosos chegaram a essa conclusão graças a uma placa de xisto que
registra esse evento. De um lado, ela mostra o faraó usando a coroa branca
típica do Alto Egito; do outro, a coroa vermelha do Baixo Egito.
A maior dúvida parece ser o nome do soberano –
Menes ou Menés para uns, Narmer (em grego) ou Hórus Aka para outros. Seja qual
for o nome pelo qual gostava de ser chamado, ele fundou Mênfis para ser a
capital do reino.
4. Impostos
Nessa época, os camponeses trabalhavam em terras
que pertenciam ao Estado, às altas camadas da sociedade e aos templos,
entregando a eles o excedente da produção como imposto.
Surgiram as primeiras escritas hieroglíficas,
usadas para controlar o pagamento de impostos pelas províncias. Preceitos
religiosos intercalados com artigos de natureza civil e penal foram codificados
no Livro dos Mortos, considerado o primeiro sistema jurídico do mundo.
5. Dinastias
A partir de Menes, dezenas de famílias – as dinastias
– governaram o Egito até a morte de Cleópatra, em 30 a.C., quando o Egito
passou a fazer parte do Império Romano. Foram ao todo 30 dinastias.
Durante a terceira e a quarta dinastias, foram
erguidas as pirâmides de Saqqara e Gizé. A pirâmide de Quéops foi a construção
mais alta do mundo por cerca de 4 mil anos. Durante essas 30 dinastias, que
mandaram no país por cerca de 3 mil anos, o Egito viveu três momentos de
esplendor e três graves crises.
Mais ou menos no meio dessa história, 13 séculos
antes da derrota para Roma, o Egito conheceu a glória de ser o maior império
sobre a Terra.
6. Muitos nomes
Os antigos egípcios usaram vários nomes para se
referir a seu país. O mais comum era Kemet (“Terra Negra”), que se aplicava ao
território nas margens do Nilo em referência à cor do solo.
Já Decheret (“Terra Vermelha”) era o nome que
designava a região desértica, onde eles enterravam seus mortos. Também usavam
as palavras Taui (“Duas Terras”), em alusão ao Alto e ao Baixo Egito, Ta-meri
(“Terra Amada”) e Ta-netjeru (“Terra dos Deuses”).
Na Bíblia, o Egito é chamado de Misraim. Nós usamos
uma variação do grego Aigyptos (pronuncia-se “Aiguptos”), que, acredita-se,
significa “a mansão da alma de Ptah”. Os egípcios atuais usam a palavra de
origem árabe Misr.
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/historia-seis-curiosidades-sobre-o-egito-antigo.phtml
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