A REVOLTA PERNAMBUCANA DE 1817
Esse movimento revolucionário tem
sua origem no aumento considerável dos impostos estabelecidos por D. João VI,
príncipe regente de Portugal, quando da presença da família real portuguesa no
Brasil. A RevolTA de 1817 também foi marcada pela busca por autonomia da elite
local frente aos desmandos vindos da Corte sediada no Rio de Janeiro, além de
possuir um claro espírito antilusitano.
Assim, membros da elite e da
classe média se organizaram para estabelecer uma república no Nordeste,
separada do Brasil, que teria a sua capital na cidade de Recife. A rebelião
contou com o apoio das províncias de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Entre os principais líderes do movimento, destaca-se o comerciante Domingos
José Martins e os padres João Ribeiro e Miguel Joaquim de Almeida e Castro,
este último conhecido como padre Miguelinho.
Mais organizado que as
Inconfidências anteriores, esse movimento conseguiu derrubar o governador da
região e decretar a República, além de promover a extinção dos impostos, a
liberdade de imprensa e a igualdade entre os cidadãos. Dava também garantia à
propriedade, inclusive a de escravos, ou seja, o movimento não tocou na questão
da mão de obra cativa. Os revoltosos tentaram obter, sem resultado, o
reconhecimento dos governos da Inglaterra, EUA e Argentina.
Apesar da ocorrência de alguns
conflitos entre os participantes da sedição e soldados da Coroa, o resultado
foi o fracasso, devido à rápida reação de D. João VI, que derrotou o movimento
ainda em 1817. Mais de duzentas pessoas foram presas, sendo muitas condenadas à
morte, como o padre Miguelinho. Somente em 1821, parte dos revoltosos foram
soltos, por meio da anistia concedida pelas cortes portuguesas.
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