Avanços tecnológicos nas grandes
navegações
A necessidade da expansão
marítima feita por parte de algumas coroas europeias principalmente nos séculos
XV e XVI, caracterizaram a “Era dos Descobrimentos”, impulsionou avanços
tecnológicos nos materiais e como eles eram utilizados para instrumentação da
navegação. Facilitaram objetivos como: descobrir novos mundos e/ou caminhos
marítimos e efetuar as trocas comerciais.
Outros povos também já tinham
conhecimento nesta área, como se sabe os chineses e os árabes também utilizavam
o método de navegar.
Sabe-se que Portugal, já que é
banhado por mar por todo o seu território, desenvolveu a Ciência Náutica
através de escolas de navegação como a “Escola de Sagres”, um lugar de
conhecimento e compartilhamento de experiências entre navegadoras da Europa e
do Oriente. As coroas eram as principais impulsionadoras.
Começou a se desenvolver a
cartografia e o mapeamento das costas marítimas e dos continentes de acordo com
o que se conhecia na época através de documentos e da observação. Materiais de
apoio foram inventados como a bússola trazida do oriente para o ocidente pelos
árabes, feita por uma agulha magnetizada que indica o eixo norte-sul magnético;
o astrolábio para medir a altura e posição dos astros; o quadrante que apontava
apara a Estrela Polar e permitia determinar a distância entre o ponto de partida
da viagem e o lugar onde a embarcação estava exato naquele momento; a
balestilha que se pensa ter sido inventada pelos portugueses e que era numa
vara de madeira que tinha a função de medir a altura que unia o horizonte ao
astro, permitindo determinar os azimutes, etc.
Através da tecnologia
desenvolvida para as navegações, tudo aquilo que era apenas visível a olho nu
no céu, passa a ser interpretado e medido detalhadamente como meio de
localização dos navegadores. Ao navegar o homem foi desenvolvendo e aprimorando
os materiais, ultrapassando os seus próprios limites e vencendo os medos.
No desenvolvimento naval houve a
necessidade de construir embarcações maiores e melhores. Na passagem da
navegação de cabotagem ou seja, perder a costa de vista utilizada antes do
século XVI, se evoluiu para as Caravelas Latinas com maior capacidade de carga.
Estas tinham a característica de terem velas em formato triangular e trouxeram
a inovação da navegação em zigue zague contra o vento, chamado de bolinar. Eram
mais rápidas e de fácil manobrar e atingiam a média de 25 m de comprimento, 7 m
de boca e 3 m de calado. A sua capacidade de carga atingia as 50 toneladas e
eram compostas por convés único e popa sobrelevada.
A Nau foi outro meio de
transporte utilizado em viagens longas e a sua capacidade aumentou ao longo do
tempo, indo de duzentas toneladas no séc XV até às quinhentas no século XVI.
Foi largamente usada no caminho das Índias onde atingiu o seu auge.
Acompanhado de todo esse avanço,
surgiu a importância do comércio marítimo que acelerou o desenvolvimento das
embarcações ao longo do tempo e que levou o transporte do ouro, especiarias,
sedas da Índia que era fonte de grande riqueza e soberania que contribuíram
para o monopólio do mercado.
Os avanços tecnológicos nas
navegações foram sempre evoluindo de acordo com as necessidades, encurtamento
de tempo de viagem e eficácia dessas funções nunca pararam de se desenvolver
até aos dias de atuais.
https://www.infoescola.com/historia/avancos-tecnologicos-nas-grandes-navegacoes/
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