O IMPERIALISMO NA ÁSIA
ÍNDIA
O interesse inglês na Índia data
do século XVIII, pois, além do fornecimento de especiarias muito valorizadas no
mercado europeu, a região representava um entreposto de ligação comercial entre
a Inglaterra e o Extremo Oriente. As pretensões da Inglaterra eram tantas que,
naquele mesmo século, os ingleses travaram com a França a Guerra dos Sete Anos
(1756-1763), oriunda da disputa entre as duas nações pela Índia e por regiões
na América do Norte. Como a Inglaterra saiu vitoriosa, após a guerra, a
influência francesa na região foi afastada, o que abriu caminho para as ações
imperialistas inglesas.
Inicialmente, o controle do
comércio com a Índia ficou a cargo da Companhia de Comércio das Índias
Orientais, sendo que os administradores da Companhia podiam arrecadar impostos
e exercer funções judiciais na região. Em 1858, no entanto, tais prerrogativas
foram transferidas para a Coroa britânica, que passou a adotar uma intervenção
econômica mais efetiva junto aos indianos.
Mesmo com a mudança da postura
dos ingleses na Índia, a dominação imperialista não acarretou grandes mudanças
nos aspectos mais tradicionais da cultura indiana. A sociedade nativa, por
exemplo, continuou dividida pelo sistema de castas, que define, de forma
intransigente, as posições sociais através da hereditariedade.
Tal posição era defendida pelos
hindus, que acreditavam que os membros de uma casta inferior teriam a função de
aproveitar a sua vida para evoluir e, ao voltar em outra vida, ser incorporado
em uma casta superior. Por outro lado, no campo econômico, o artesanato indiano
não conseguiu enfrentar a concorrência dos industrializados têxteis ingleses,
chegando a atingir níveis de produção mínimos.
Dessa forma, a predominância dos
produtos ingleses na Índia acabou gerando grandes taxas de desemprego, além de
submeter os nativos à pobreza, ao deslocamento populacional para as cidades
manufatureiras e à concentração em cidades portuárias.
Percebendo os aspectos negativos
da presença inglesa, parte dos indianos se rebelou e, em 1857, organizou a
Revolta dos Cipaios, que exigia o m do domínio inglês na região. Contando com o
apoio dos ingleses, dos sikhs e dos figuras – castas indianas –, os governantes
indianos conseguiram conter os revoltosos em 1859, o que possibilitou a
retomada do controle sobre a Índia pela Inglaterra.
Mesmo na ilegalidade, um
movimento nacionalista composto de intelectuais indianos foi organizado para
manter viva a luta pela resistência.
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