JUSTIFICATIVAS DO IMPERIALISMO
A dominação na Ásia e na África
não se baseou somente em pressupostos econômicos, a afinal, as nações
imperialistas precisavam justificar os motivos pelos quais seria necessária a
intervenção nas regiões a serem dominadas. Assim, uma das justificativas utilizadas
foi a missão civilizadora, ideologia que defendia a superioridade do homem
branco europeu.
Segundo essa ideologia, o
europeu, quando exercia seu domínio em outras regiões, estava, na verdade,
levando o desenvolvimento e a civilização para esses povos supostamente
inferiores. O poeta inglês Rudyard Kipling chegou a chamar a dominação
imperialista de “fardo do homem branco”, como se o imperialismo fosse uma
obrigação penosa delegada por Deus aos europeus.
Teorias pseudocientíficas também
foram desenvolvidas por pensadores europeus para demonstrar a sua
superioridade. Uma delas, o darwinismo social, alegava que, assim como existe a
seleção natural entre as espécies – teoria proposta por Darwin –, entre os
humanos existem raças mais ou menos desenvolvidas em meio a um processo
natural. Assim, adaptando o darwinismo, essa corrente social julgava que o
branco, mais apto naturalmente, seria o responsável por civilizar os demais
povos.
Um dos defensores do darwinismo
social foi o francês Gobineau, que, em 1853, escreveu o Ensaio sobre a
desigualdade das raças, no qual desenvolveu um estudo sobre a superioridade dos
nórdicos. Mais tarde, outro darwinista social, o filósofo inglês Spencer,
alegou que os indivíduos que se adaptassem melhor ao ambiente seriam superiores.
Spencer defendia ainda que as raças superiores tinham o direito natural de
exercer sua dominação sobre os povos considerados inferiores. Tais valores,
além de demonstrarem o etnocentrismo reinante, justificaram posteriormente o
aparecimento de teorias racialistas, como é o caso do nazismo.
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