Alanos
Povo nómada de origem iraniana
que se estabeleceu, inicialmente, no Cáucaso setentrional e nas planícies
ucranianas. Ao longo dos séculos II e III d. C., expandiram-se até ao Danúbio e
invadiram a Ásia Menor, de onde foram expulsos, cerca de 280, pelo imperador
romano Probo.
Em 360 o reino dos Alanos foi
destruído pelos Hunos, embora este duro golpe não tenha levado ao êxodo total
da população. Os Alanos ficaram assim divididos em dois grupos: um desses
grupos emigrou e o outro, por razões de enfraquecimento político, aliou-se aos
Hunos. A esta população os Hunos apelidariam de Tártaros ("os de pele
branca-amarelada"), que mais tarde, no século XVII, estiveram na origem de
um povo muçulmano. Os Alanos, que se submeteram aos Hunos, participaram na
batalha de Andrinopla em 378.
O segundo grupo, que se fixou
progressivamente na Europa Central, era formado pelos Alanos que haviam sido
dispersos depois da vitória dos Hunos, em 360. Uniram-se aos Vândalos Asdingos,
e abraçaram a religião tradicional dos Vândalos, o Arianismo, considerada pela
ortodoxia nicena dos cristãos uma heresia. Os dois grupos acompanharam mais
tarde os Suevos na travessia do Danúbio. Fixaram-se na Nórica e na Récia, em território
das atuais Áustria e Suíça, formando uma federação. Ao sul do rio Meno, na
Germânia, juntaram-se aos Vândalos Silingos.
Entre 408 e 409 invadiram a
Península Hispânica (ou Ibérica). Em 411 o povo alano dividiu-se, uma vez mais,
em dois novos grupos, que repartiram entre si as terras conquistadas. Os grupos
de alanos, com maior poder militar na Península Ibérica, ocuparam o território
romano da Lusitânia, entre a zona sul do rio Douro e a zona cartaginense.
Aqueles que tinham menos poder avançaram para a Galícia dos Suevos.
Em 417 foram dizimados pelos
Visigodos. Os sobreviventes uniram-se aos Vândalos, que tinham como principal
objetivo atingir África. Os que permaneceram na Gália, lutaram sobre o comando
de Aécio, contra Atíla. No final do século V perdeu-se o seu rumo na História.
Segundo se consta, um outro grupo entrou em Itália em 464, mas nada mais se
sabe.
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