Chegada de Cristóvão Colombo às
Américas
Ocorrida no dia 12 de outubro de
1492, a descoberta do chamado Novo Mundo pelo explorador genovês Cristóvão Colombo
(1451-1506) marcou o início do colonialismo que marcaria a história dos reinos
ibéricos no século XVI. Muito embora viajantes europeus e possivelmente
asiáticos já tivessem conhecido o continente séculos antes, e já houvesse
habitantes autóctones há vários milhares de anos habitando as terras, foi este
navegador que possibilitaria a integração das Américas ao resto do mundo
conhecido.
A partir de pelo menos 1477,
Colombo começou a planejar com seu irmão, que era cartógrafo, um ambicioso
projeto para atingir as Índias utilizando-se de uma rota alternativa,
baseando-se no fato que a Terra era redonda. Diferentemente, contudo, do que se
pensa hoje, esse conhecimento era comum no período; neste sentido, a crença de
Colombo que as Índias poderiam ser atingidas por uma viagem rumo a oeste – e
não ao leste, contornando a África – poderia parecer ousada, mas não
impossível.
Munido de seus planos, Colombo
procurou o rei português D. João II (1455-95), mas teve seus pedidos de
financiamento negados pelo monarca, que poucos anos antes ordenara uma missão
visando exatamente descobrir um novo caminho para as Índias. Liderada por
Bartolomeu Dias, tal missão acabou por encontrar uma ligação entre os oceanos
ao contornar com sucesso o Cabo das Tormentas (depois disso conhecido como Cabo
da Boa Esperança), permitindo assim livre acesso às Índias. Então, Colombo
virou-se para os soberanos de Castela e Aragão em busca de auxílio, mas teve
seu projeto negado por duas vezes por Isabel I (1451-1504) e Fernando II
(1452-1516), na época assoberbados financeiramente pela Reconquista dos
territórios mouros. No início de 1492, porém, com a conquista final da cidade
de Granada, os reis puderam investir na iniciativa, e Colombo partiu finalmente
em três de agosto.
Embora hoje saibamos que Colombo
enganou-se grosseiramente em seus cálculos em relação à suposta distância até
as Índias via oeste, o desconhecimento da existência daquele território o fez
acreditar, até sua morte, que chegara na China e, depois, no Japão, quando em
realidade desembarcara respectivamente onde é atualmente as Bahamas, Cuba e na
ilha onde se localizam República Dominicana e Haiti. Mais tarde, Colombo faria
outras viagens às “Índias”, quando chegaria a outras ilhas no Caribe e mais
terras na América Central e do Sul.
As riquezas que os Reis Católicos
esperavam, contudo, não se materializaram. As terras exploradas por Colombo
continham apenas escassez de ouro, pedras preciosas e especiarias, além de
população nativa, rapidamente escravizada e dizimada pelo contato com as
doenças trazidas pelos conquistadores e pelo armamento superior que estes
utilizavam nos conflitos. Colombo seria mais tarde preso por seus abusos na
administração das chamadas Índias Ocidentais e enviado de volta à Espanha, onde
morreria.
Seguindo a trilha de suas
descobertas, outros aventureiros procurariam riquezas e glórias nas novas
terras, destruindo no caminho antigas civilizações como a Asteca e a Inca.
Tendo Colombo em vista, o rei D. Manuel I (1469-1521) enviaria, em 1500, o
fidalgo Pedro Álvares Cabral em uma missão exploratória que acabaria por
estabelecer uma nova colônia portuguesa a oeste, no território onde futuramente
se localizaria o Brasil.
https://www.infoescola.com/historia/chegada-de-cristovao-colombo-as-americas/
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