Charles Darwin
Naturalista inglês
Charles Robert Darwin nasceu em Shrewsburv, Inglaterra, no dia 12 de
fevereiro de 1809. Filho de médico e neto de poeta, médico e filósofo, desde a
infância revelou-se inteligente e observador, procurando compreender tudo que
lhe ensinavam.
Aos 16 anos, concluído o curso secundário em sua cidade natal, foi
para a Universidade de Edimburgo, para estudar medicina. Gostava de História
Natural e fazia coleção de pedras, conchas, moedas, plantas, flores silvestres
e ovos de pássaros.
Sem interesse em muitas aulas, acabou dedicando seu tempo a reuniões
com outros estudantes, na Plinian Society, onde se discutiam Ciências Naturais.
Em 1826 apresentou ao grupo pequenas descobertas suas no campo da História Natural.
Em 1828, com pretensões de se torna um religioso, deixou a medicina
pela carreira eclesiástica. Foi para Cambridge, onde se matriculou no Christ’s
College. Depois de três anos, conclui o bacharel em Artes e continuou seus
estudos para ser pastor da Igreja Anglicana.
Em Cambridge, Darwin travou amizade com o clérigo, geólogo e botânico
John Stevens Henslow. Graças à influência de Henslow, Darwin acompanhou o
geólogo Adam Sedgwick em uma expedição geológica ao Norte do País de Gales.
Recebeu o convite de Henslow para participar, como naturalista, de uma
expedição exploratória ao redor do mundo, a bordo do “Beagle”, navio enviado
pela Coroa britânica para mapear melhor o Hemisfério Sul.
No dia 27 de dezembro de 1831, com 22 anos, Darwin embarcou no veleiro
de 27 metros, para fazer companhia ao capitão Robert Fitzroy, que deixou o
porto de Devonport, seguindo para o arquipélago de Cabo Verde.
Quando o navio chegou à costa do Brasil, aportou na Bahia e depois no
Rio de Janeiro Em seguida, foi para o sul, visitando a Patagônia, as Ilhas
Malvinas e a Terra do Fogo.
A expedição visitou toda a costa ocidental da América do Sul, do Chile
ao Peru. Esteve também nas ilhas Galápagos, na Nova Zelândia e na Austrália.
Visitou as ilhas Keeling, Maurício e Santa Helena.
Ao aportar no litoral da Bahia em fevereiro de 1832, Darwin ficou
encantado com a vegetação à sua frente. Anotou em seu diário de viagem: “É uma
visão das mil e uma noites, com a diferença de que é tudo verdade”. Era a
primeira vez que o naturalista pisava em uma floresta tropical.
Darwin esteve no Brasil por duas vezes, nos trajetos de ida e de volta
de sua viagem. Ao todo, ele permaneceu cinco meses e meio no país. Esteve no
Rio de Janeiro, então capital do Império. Andou pela Floresta da Tijuca, foi ao
Jardim Botânico e ao Pão de Açúcar e coletou centenas de plantas e insetos.
No dia 5 de outubro de 1836, depois de quatro anos e nove meses de
viagem, desembarcaram em Falmouth, Inglaterra. Darwin permaneceu durante alguns
meses em Cambridge organizando a coleção de espécies recolhidas na expedição.
Em 1837 seguiu para Londres, trabalhando ativamente ao lado de
notáveis cientistas. Em 1838 foi nomeado secretário da Geological Society,
cargo que ocupou até 1841.
Em 29 de janeiro de 1839, Darwin casa-se com sua prima, Emma Darwin.
Juntos tiveram 10 filhos, dos quais sete sobreviveram. Em 1842 mudou-se para
Down, pois sua saúde debilitada exigia que fosse morar no campo.
Em 1859, depois de 20 anos, Darwin lançou A Origem das Espécies, o
primeiro de seus livros que explica a teoria da evolução. O livro teve sua
primeira edição esgotada em um dia. A obra destituiu a vida humana de qualquer
superioridade em relação aos animais e enterrou o conceito de divindade,
abrindo caminho para a ciência moderna.
Os indivíduos de uma mesma espécie não são todos idênticos, apresentam
variações de caracteres.
Muitas diferenças anatômicas ou fisiológicas observadas entre os
indivíduos de uma população são transmitidas de uma geração a outra.
Os indivíduos que têm características que contribuem para sua
sobrevivência viverão até a idade de reprodução.
Ao se reproduzirem, esses indivíduos têm grande chance de transmitir à
sua prole as variações que favorecem a sobrevivência.
Eventualmente, um indivíduo sofre uma modificação aleatória no
processo de formação do organismo.
Se essa alteração acidental favorecer a sobrevivência do indivíduo,
ele chegará à idade de reprodução com grande chance de transmiti-la a parte de
sua prole.
A repetição do mecanismo de herança e adaptação ao ambiente no
decorrer da várias gerações leva a mudanças graduais num grupo de indivíduos da
espécie, até que esse grupo fica tão diferente do original que surge uma nova
espécie.
Charles Darwin morreu de ataque cardíaco, em Down, no condado de Kent,
Inglaterra, no dia 19 de abril de 1882. Seu corpo foi sepultado na Abadia de
Westminster, em Londres.
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