ANGOLA


 ANGOLA

Angola é um país africano que, durante quase quinhentos anos, foi colônia de Portugal. A independência foi conquistada em 1975, porém nesse ano teve início uma guerra civil que durou até 2002. A capital e maior cidade de Angola é Luanda. O país tem 26.976.000 habitantes (estimativa de 2015) e área de 1.246.700 km2.

Angola fica na costa sudoeste da África. O país faz fronteira ao norte com a República do Congo e a República Democrática do Congo (ex-Zaire), a leste com a Zâmbia e ao sul com a Namíbia. O oceano Atlântico fica a oeste. A pequena área de Cabinda, ao norte, rica em petróleo, fica separada do resto do país por uma estreita faixa de terra pertencente à República Democrática do Congo, nas margens do rio Congo.

Dois terços de Angola estão situados em um grande planalto. Montanhas e escarpas separam esse planalto da costa. Uma estreita planície litorânea se estende ao longo da costa até perto do rio Congo, ao norte.

Angola tem clima tropical quente, com uma estação de chuvas que vai de outubro até o meio de maio. O sudoeste é seco, enquanto o nordeste é úmido.

Angola já foi coberta de florestas tropicais, mas, com a colonização, os fazendeiros e as madeireiras derrubaram grande parte delas. Hoje, além das florestas que restaram, o país tem diversos tipos de savana, vegetação dominada por gramíneas e arbustos esparsos. No extremo sudeste há uma zona desértica.

A maioria da população angolana é originária dos povos bantos. Os dois maiores grupos étnicos são os ovimbundos e os ambundos. O português é o idioma oficial e de união nacional, mas também são faladas línguas africanas, como o umbundo (dos ovimbundos), o quimbundo (dos ambundos), o quicongo, o chocué, o cuanhama e o gangela. As religiões tradicionais cederam lugar ao cristianismo. Hoje a maioria da população é católica.

A economia de Angola ainda é muito baseada na exploração de recursos naturais como petróleo, gás, diamante e outros minérios. A agricultura, a pesca e a indústria exercem um papel menor na economia. Cultivam-se mandioca, milho, cana-de-açúcar, batata-doce, banana, café e cacau. Há criações de bovinos, caprinos e suínos. As indústrias produzem alimentos, cerveja, tecidos e calçados.

Os antigos povos que habitavam a região onde hoje fica Angola praticavam a agricultura e trabalhavam o ferro. Por volta do século XIV, junto ao rio Congo, entre os povos bantos já se desenvolvia o poderoso reino do Congo (ou Kongo).

Os navegantes portugueses chegaram em 1483. O reino do Congo comerciava marfim, peles e escravos em troca de armas de fogo europeias. No início do século XVII, Portugal exportava por ano de 5 mil a 10 mil escravos comprados em Luanda, a maioria com destino ao Brasil. Pouco a pouco, os portugueses estenderam seu controle sobre Angola. O comércio de escravos continuou até meados do século XIX, entrando em declínio com a proibição do tráfico para o Brasil.

Em 1961, os angolanos se rebelaram contra Portugal e mantiveram uma violenta luta por catorze anos. Os principais grupos a favor da independência eram o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita). Tropas cubanas e soviéticas forneceram armamento para o MPLA, enquanto a África do Sul e os Estados Unidos auxiliavam a Unita.

Angola conseguiu a independência em 1975. O MPLA ficou com o controle do governo. A Unita, porém, não aceitou. Isso deu início a uma guerra civil arrasadora que só terminou 27 anos depois, em 2002.

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