A DANÇA CONTEMPORÂNEA

A DANÇA CONTEMPORÂNEA

A dança contemporânea é uma vertente da dança criada por volta da década de 60 a partir de pesquisas corporais de companhias de dança, sobretudo nos EUA.

Nessa maneira de dançar, a intenção é trazer movimentos que consigam transmitir sentimentos e questionamentos, ao mesmo tempo em que aproximam a dança da vida cotidiana.

Traz como marca a investigação gestual e a experimentação, não possuindo técnicas próprias e podendo mesclar outras linguagens das artes, como o teatro e a performance.

Um grupo que geralmente é associado ao surgimento da dança contemporânea é o Judson Dance Theater, um coletivo norte-americano dos anos 60 que incluía artistas de diversas áreas, como artes visuais, dança e música.

O grupo foi de grande importância para trazer uma nova forma de dançar e apreciar a dança.

Seus integrantes estavam dispostos a criar com base em experimentações nada convencionais, como gestos de quedas e relaxamentos, além de exercícios simples de jogos, com desprendimento e espontaneidade. Eles também buscavam libertar a dança da carga dramática e psicológica presente na dança moderna, responsável pelo rompimento com a dança clássica.

Assim, depois do Judson Dance Theater outros grupos surgiram e deram continuidade a esses tipos de pesquisas gestuais, questionando as definições da dança e os tipos de movimentos que podem ser considerados nessa linguagem.

Uma grande coreógrafa que também contribuiu para a consolidação da dança contemporânea foi a alemã Pina Baush (1940-2009), que trabalhava misturando teatro à dança.

Existem muitas formas de realizar a dança contemporânea. Justamente por ela possibilitar grande libertação corporal, é difícil listar com precisão tipos de dança contemporânea, pois cada companhia acaba por realizar suas pesquisas próprias.

Entretanto, é possível agrupar algumas características frequentes, como: experimentação; possibilidades de movimentos próximos ao chão; quedas e repousos; ausência de técnicas únicas; possibilidade da junção de outras linguagens, como teatro, performance e artes visuais.

Além disso, outra característica é a utilização recorrente da improvisação, ou seja, de gestos criados livremente no momento em que os dançarinos executam a dança. Assim, não é necessário que haja sempre uma coreografia pré-estabelecida.

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