História do Livro
A História do Livro é tão antiga quanto a história
da escrita. Desde 6 mil anos atrás já surgiam os primeiros “protótipos” de
livros.
O que foi modificado até o objeto livro que
conhecemos hoje foi o “suporte” a partir das inúmeras inovações técnicas,
escolhido para grafar as letras do alfabeto.
Ou seja, antes era gravado pelos povos antigos
(babilônicos, egípcios, gregos, sumérios, etc.) em placas de argila, cascas de
árvore, pedra, madeira, barro, folhas de palmeiras.
Posteriormente o suporte para a impressão dos
textos, foi o papiro (planta mais resistente), pergaminhos (pele de animal),
códices (manuscritos de madeira), folhas de papel, até chegarem na era digital
dos livros eletrônicos.
No Egito antigo, os “escribas” ou escrivães eram
pessoas responsáveis pela leitura e produção dos textos nos papiros, espécies
de plantas usadas desde 2500 a.C., as quais, por sua vez, constituíam um grande
rolo de folhas pregadas umas às outras.
Foi por esse motivo, do demasiado volume, que
surgiram os pergaminhos, suportes de peles de animais (carneiro, cabra, ovelha,
etc.), muito utilizados pelos “monges copistas” da Idade Média.
O livro, um produto intelectual, surgiu da
necessidade dos povos de guardar o conhecimento e passa-los de geração em
geração.
É um objeto de enorme valor cultural e histórico,
muito importante para a disseminação do conhecimento no mundo.
Nesse sentido, vale lembrar que na Idade Média os
livros eram considerados objetos de imenso valor e por isso, acessível somente
para uma pequena parte da população (nobreza e o clero).
Além disso, muitos livros eram considerados
impróprios pela Igreja Católica, que dominava o cenário do medievo. Essas obras
foram reunidas num livro denominado “Index Librorum Prohibitorum” ou “Índice
dos Livros Proibidos”.
Com isso, a maioria dos livros eram de religião,
enquanto outros de história, astronomia, literatura e filosofia, ficavam
restrito a um número menor ainda.
Nesse contexto, importante destacar que a maioria
das pessoas, não sabiam ler ou escrever, o que dificultava ainda mais a
disseminação desse conhecimento, guardado nas bibliotecas a “sete chaves”.
Um fato muito importante que ocorreu em fins da
Idade Média, ou ainda, da passagem da Idade Média para a Idade Moderna, foi o
surgimento da Imprensa, em meados do século XV.
Na Europa, fatores como o declínio do sistema
feudal, o surgimento da burguesia, a Reforma Protestante, foram afastando as
imposições da Igreja e abrindo um leque de possibilidades para as pessoas, que
ao mesmo tempo, se sentiam impossibilitadas de expressarem suas opiniões.
Esses acontecimentos impulsionaram a elaboração de
métodos de impressão tal qual a prensa móvel, (já descoberta na China por Pi
Sheng) pelo alemão Johannes Gutenberg (1398-1468).
A partir de sua técnica, aperfeiçoada dos
asiáticos, Gutenberg produziu o primeiro “livro” na Europa denominado “Bíblia
de Gutemberg”, (entre 1400 e 1456), com tiragem de 180 exemplares.
Esse sistema de impressão, jamais antes visto pela
população europeia, foi o fulcro necessário para permitir o acesso aos livros
ao restante da população.
A partir daí, a popularização do livro ganhou força
no mundo inteiro, considerado atualmente um dos objetos mais importantes de acesso
ao conhecimento. Com o tempo, foram surgindo livros de didáticos, livros de
estórias infantis, livros de poesias, dentre outros.
Hoje, quando entramos numa biblioteca ou livraria,
é difícil de imaginar que se estivéssemos na Idade Média, estaríamos adentrando
um mundo quase intocável, mágico e místico.
No entanto, é muito complicado para nós, seres do
século XXI, pensarmos nesse contexto, uma vez que a popularização do livro
ganhou proporções nunca antes vistas.
Livro Eletrônico (E-books)
Com a acelerada revolução da era digital, o livro
adquiriu uma “nova” cara, ou seja, foi formado por outro suporte: as telas de
computadores.
Ainda que essa nova apresentação, preocupem muitos
os “amantes dos livros” (bibliófilos), há os que acreditam que o livro, tal qual
o conhecemos nas bibliotecas, permanecerão por muito tempo.
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