AS ESTRUTURAS SOCIAIS DA AMÉRICA
ESPANHOLA
As estruturas sociais da América
Espanhola reproduziam o modelo de domínio econômico vigente na região. Os
espanhóis, tratados por chapetones ou guachupines, exerciam as importantes
funções administrativas no Novo Mundo. Seus descendentes nascidos na América,
conhecidos por criollos, eram herdeiros do poder econômico dos chapetones, mas
não podiam atuar nas ações políticas de grande relevância para a metrópole,
limitando sua influência nas estruturas administrativas regionais, como os
cabildos.
Esse fato justifica o apoio da
elite econômica branca ao processo de independência a partir do final do século
XVIII. Os mestiços, em sua maioria resultantes da integração de brancos com
índios, atuavam nas atividades intermediárias entre a elite de sangue espanhol
e a massa indígena e escrava. Cabe destacar o esforço do Estado espanhol para
evitar a miscigenação na América. Conhecida como política de pureza de sangue,
esta foi mais eficaz nessa área de colonização do que em outros territórios,
como no caso da América Portuguesa.
Os indígenas e os escravos
africanos compunham a população marginalizada e sujeita à exploração dos grupos
privilegiados, enquadrados como força de trabalho para o enriquecimento da
aristocracia. Cabe ressaltar que o trabalho escravo africano predominou na
região das Antilhas, sendo o território abastecido por outras potências
metropolitanas autorizadas a vender cativos para as colônias espanholas,
direito esse conhecido como o direito de asiento. Esse tipo de concessão gerou
disputas entre as potências europeias, tendo em vista a elevada lucratividade
oriunda do tráfico de escravos.
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