A SOCIEDADE ESPARTANA
Fundada pelos dórios no século IX a.C.,
Esparta se desenvolveu na Península do Peloponeso e, diferentemente das demais
regiões da Grécia, apresentava terras férteis. Desse modo, sofreu menos com
crises econômicas do que as outras cidades-estado.
A política espartana era controlada por uma
oligarquia guerreira que dominava o Estado e a propriedade da terra. A pólis
espartana era, portanto, oligárquica e aristocrática, com o monopólio político
nas mãos dos cidadãos- guerreiros. A política era debatida em uma assembleia
conhecida como Apela, onde eram eleitos a Gerúsia e o Eforato, órgãos com
função legislativa e executiva, respectivamente. A religião e o Exército cavam a
cargo de dois reis na chamada diarquia.
A sociedade se dividia entre espartanos,
periecos e hilotas. Os espartanos constituíam a elite militar e a minoria dos
habitantes da cidade. Detinham o poder político e o controle da maioria das
terras férteis da região. Os homens dedicavam-se à guerra e aos assuntos
públicos, enquanto as mulheres deviam criar, dentro do espírito espartano, os
futuros guerreiros.
Os periecos eram livres e não possuíam
direitos políticos, dedicando-se ao comércio e ao artesanato. O casamento entre
periecos e espartanos era proibido, e aos primeiros eram reservados os cargos
inferiores no Exército e a obrigatoriedade do pagamento de tributos. Os hilotas
eram servos do Estado e estavam presos à terra. Trabalhavam nas propriedades
dos espartanos e deviam pagar tributos a estes. Não tinham direitos políticos e
estavam submetidos a maus-tratos sem que lhes coubesse proteção legal.
Numa sociedade em que a maioria da população
era constituída por hilotas, o grupo mais explorado, cabia à elite a
preocupação com sua própria proteção. A militarização, portanto, foi a
característica mais marcante de Esparta. Os homens, desde a infância, eram
treinados na arte da guerra, e a preocupação com a excelência física era fundamental.
A educação militar das crianças ficacava a cargo do Estado, e as mais saudáveis
eram instruídas até se tornarem hoplitas, soldados das forças espartanas.
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