TREZE COLÔNIAS: INDEPENDÊNCIA OU REVOLUÇÃO?
O
processo de ruptura das Treze Colônias com a metrópole inglesa foi o primeiro a
ocorrer na América e representou um dos primeiros sinais de abalo do poderio
europeu durante o chamado Antigo Regime. A Independência, também denominada por
muitos de Revolução Americana, é um episódio controverso para os historiadores.
Alguns deles alegam que a ruptura com a Inglaterra representou a formação de uma
“nova ordem”, o que a caracterizaria como uma Revolução.
Essa
tese pode ser reforçada pelo fato de os colonos possuírem práticas políticas
próprias, como a atuação de conselhos representativos das comunidades, o que
garantia uma maior participação dos indivíduos nas decisões políticas. Como
consequência disso, instaurou-se o desejo de consagrar a “liberdade” e de
consolidar o direito de participar das decisões públicas, de ser admitido no
mundo político, o que foi importante para o processo de Independência.
Aceitando-se esses aspectos, é possível caracterizar a ação dos colonos como revolucionária.
Por
outro lado, existem historiadores que apontam as limitações desse movimento.
Uma delas seria o fato de não existir, ainda naquele período, uma unidade entre
os americanos. Por isso, a Independência não teria sido motivada pelo
sentimento nacionalista em relação aos Estados Unidos, que de fato nem existia,
mas sim por uma repulsão aos ingleses. Por ter sido encabeçado por uma elite
colonial que se sentia prejudicada em seus interesses econômicos, o movimento
não previa a adoção imediata do sufrágio universal, além de defender a
manutenção da escravidão.
Comentários
Postar um comentário