REVOLTA DA CHIBATA

REVOLTA DA CHIBATA

No inicio do século XX. A Marinha do Brasil possuía alguns dos navios mais modernos do mundo. Apesar disso, os marinheiros permaneciam submetidos às leis herdadas do período escravista. Uma dessas leis permitia chibatadas como punição aos marinheiros, o que gerava grande descontentamento entre eles, cuja maioria era descendentes de africanos. Essas insatisfações crescentes motivou um grupo de marinheiros a articular um movimento que ficou conhecido como Revolta da Chibata. Em 22 de novembro de 1910, o marinheiro João Cândido liderou mais de 2 mil colegas, que assumiram o controle de quatro navios ancorados no Rio de Janeiro. Por rádio, ele comunicou as autoridades às exigências dos marinheiros: fim dos castigos corporais, aumento dos salários e melhorias nas condições de trabalho. Para pressionar o governo, João Cândido comandou as tripulações dos navios em manobras no litoral, chegando a disparar tiros de canhão. Diante a ameaça contra a capital, o governo federal decidiu atender as reinvindicações dos marinheiros que se entregaram em 26 de novembro de 1910. Os castigos corporais foram abolidos, mas dias depois, a Marinha prendeu alguns marinheiros, incluindo João Candido. Ele foi expulso da corporação e permaneceu preso até 1912. Cândido que ficou conhecido como o “Almirante Negro”, sofreu muitas perseguições das autoridades, o que não o impediu de participar ativamente de outros movimentos políticos até o fim da sua vida, em 1969.

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