O fascismo italiano
O Fascismo
teve sua origem na Europa, a partir de 1919, e ganhou força principalmente
após a Primeira Guerra Mundial. Tendo sido desenvolvido por Benito
Mussolini, líder italiano.
Sua denominação tem derivação da
palavra “Fascio”, que era um símbolo dos magistrados nos tempos do
Império Romano. O símbolo era um machado com o cabo rodeado de varas, que
simbolizavam o poder do Estado e a unidade do povo. Na Itália os fascistas
também ganharam a denominação de “camisas negras”, já que usavam esse
tipo de uniforme.
Fundado exatamente no dia 23 de março de
1919, Mussolini deu início a este movimento em uma reunião que acontecia na
cidade de Milão. Entre os fundadores também estavam alguns líderes
revolucionários sindicalistas, como Agostino Lanzillo e Michele Bianchi. Com a
consequente organização, em 1921 eles iniciaram um programa que exigia que a
república separasse a Igreja do Estado. Além disso, eles queriam a criação de
um exército nacional e um imposto progressivo para heranças e o desenvolvimento
de cooperativas.
Após a Primeira Guerra Mundial a classe média
italiana se via com um forte sentimento de medo e ansiedade no que dizia
sentido as questões econômicas, política e cultural. Aproveitando este momento
Mussolini aproveitou deste medo que o capitalismo estava trazendo potencializou
a disseminação das ideias fascistas.
Se de um lado o
fascismo falhava na tentativa de expor um programa coerente, do outro ele
evoluía no que dizia respeito a um novo sistema político e econômico, que
trazia uma combinação de corporativismo, totalitarismo, nacionalismo e
anti-comunismo, tentando demonstrar a união de todas as classes em um único
sistema. Ele parecia querer trazer de volta o glorioso passado romano atrelado
a uma utopia futurista.
Em maio de 1921, a
associação nacionalista que havia sido fundada transformou-se em Partido
Nacional Fascista, concorrendo nas eleições ao parlamento e conseguindo 35
assentos. O movimento teve o apoio da classe média e também de receosos do
socialismo e comunismo, enquanto isso os donos de terra e industriais o viam
como uma possível defesa contra a militância trabalhista.
No ano de 1922
Mussolini ameaçou provocar uma “Marcha sobre Roma”, conquistando assim a
liderança de um governo de coligação de direita que incluía a princípio os
membros do partido popular, pro-igreja. Quando ocorreram as eleições de 1924,
os representantes fascistas ganharam a maioria do parlamento, o que desagradou
os socialistas, que denunciaram a estratégia democrática fascista alegando que
havia ocorrido fraude. Isso resultou no assassinato brutal do socialista
Giacomo Matteotti, morto por partidários fascistas.
Mussolini passou desde então a tomar atitudes
que minassem as instituições representativas italianas. Como o poder legislativo
estava enfraquecido, o novo governo publicou a Carta de Lavoro, que apresentava
as intenções da nova facção instalada no poder. Entre os itens explícitos, o
documento falava que a liderança soberana de Mussolini resolveria os problemas
do país. Quando em 1926 ocorreu um atentado contra o líder fascista, o partido
ficou ainda mais forte.
As atitudes de Mussolini foram extremas:
Todos os partidos políticos, com exceção do fascista, eram tidos como ilegais,
os órgãos de imprensa foram fechados, a pena de morte foi legalizada e os
camisas negras passaram a incorporar as forças de repressão oficial. Portando
todos os poderes, o Estado fascista prendeu, deportou e matou milhares de civis
entre os anos de 1927 e 1934.
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